Lei Ordinária n° 1073/2016 de 22 de Junho de 2016
"Dispõe sobre o Sistema Único de Assistência Social do Município de Antonio João e dá outras providências."
O Prefeito Municipal de Antônio João, Estado de Mato Grosso do Sul, no
uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei Orgânica Municipal, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei Municipal.
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Capítulo I
DAS DEFINIÇÕES E DOS OBJETIVOS
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Art. 1° -
A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.
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Art. 2° -
A Política de Assistência Social do Município de Antonio João tem por objetivos:
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I -
a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:
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a) -
a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
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b) -
o amparo às crianças e aos adolescentes carentes;
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c) -
a promoção da integração ao mercado de trabalho;
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d) -
a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; e
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II -
a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos;
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III -
a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões socioassistenciais;
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IV -
participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle de ações em todos os níveis;
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V -
primazia da responsabilidade do ente político na condução da Política de Assistência Social em cada esfera de governo; e
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VI -
centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos, tendo como base o território.
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Parágrafo único. -
Para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais visando universalizar a proteção social e atender às contingências sociais.
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Capítulo II
DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
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Art. 3° -
A política pública de assistência social rege-se pelos seguintes princípios:
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I -
universalidade: todos têm direito à proteção socioassistencial, prestada a quem dela necessitar, com respeito à dignidade e à autonomia do cidadão, sem discriminação de qualquer espécie ou comprovação vexatória da sua condição;
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II -
gratuidade: a assistência social deve ser prestada sem exigência de contribuição ou contrapartida, observado o que dispõe o art. 35, da Lei Federal n° 10.741, de 1o de outubro de 2003 - Estatuto do Idoso;
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III -
integralidade da proteção social: oferta das provisões em sua completude, por meio de conjunto articulado de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais;
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IV -
intersetorialidade: integração e articulação da rede socioassistencial com as demais políticas e órgãos setoriais de defesa de direitos e Sistema de Justiça;
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V -
equidade: respeito às diversidades regionais, culturais, socioeconômicas, políticas e territoriais, priorizando aqueles que estiverem em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social.
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VI -
supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica;
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VII -
universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;
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VIII -
respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade;
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IX -
igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;
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X -
divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos socioassistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.
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Art. 4° -
A organização da assistência social no Município observará as seguintes diretrizes:
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I -
primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo
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II -
descentralização político-administrativa e comando único em cada esfera de gestão;
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III -
cofinanciamento partilhado dos entes federados;
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IV -
matricialidade sociofamiliar;
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VI -
fortalecimento da relação democrática entre Estado e sociedade civil;
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V -
participação popular e controle social, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis.
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Capítulo III
DA GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS NO MUNICÍPIO DE ANTONIO JOÃO.
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Capítulo VI
DO FINANCIAMENTO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
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Art. 51° -
O financiamento da Política Municipal de Assistência Social é previsto e executado através dos instrumentos de planejamento orçamentário municipal, que se desdobram no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária Anual.
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Parágrafo único. -
O orçamento da assistência social deverá ser inserido na Lei Orçamentária Anual, devendo os recursos alocados no Fundo Municipal de Assistência Social serem voltados à operacionalização, prestação, aprimoramento e viabilização dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais.
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Art. 52° -
Caberá ao órgão gestor da assistência social responsável pela utilização dos recursos do respectivo Fundo Municipal de Assistência Social o controle e o acompanhamento dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais, por meio dos respectivos órgãos de controle, independentemente de ações do órgão repassador dos recursos.
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Parágrafo único. -
Os entes transferidores poderão requisitar informações referentes à aplicação dos recursos oriundos do seu fundo de assistência social, para fins de análise e acompanhamento de sua boa e regular utilização.
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Seção I
DO FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
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Art. 53° -
Fica criado o Fundo Municipal de Assistência Social - FMAS, fundo público de gestão orçamentária, financeira e contábil, com objetivo de proporcionar recursos para cofinanciar à gestão, serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais.
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Art. 54° -
Constituirão receitas do Fundo Municipal de Assistência Social - FMAS:
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I -
recursos provenientes da transferência dos fundos Nacional e Estadual de Assistência Social;
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II -
dotações orçamentárias do Município e recursos adicionais que a Lei estabelecer no transcorrer de cada exercício;
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III -
doações, auxílios, contribuições, subvenções de organizações internacionais e nacionais, Governamentais e não Governamentais;
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IV -
receitas de aplicações financeiras de recursos do fundo, realizadas na forma da lei;
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V -
as parcelas do produto de arrecadação de outras receitas próprias oriundas de financiamentos das atividades econômicas, de prestação de serviços e de outras transferências que o Fundo Municipal de Assistência Social terá direito a receber por força da lei e de convênios no setor.
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VI -
produtos de convênios firmados com outras entidades financiadoras;
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VII -
doações em espécie feitas diretamente ao Fundo;
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VIII -
outras receitas que venham a ser legalmente instituídas.
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§ 1° -
A dotação orçamentária prevista para o órgão executor da Administração Pública Municipal, responsável pela Assistência Social, será automaticamente transferida para a conta do Fundo Municipal de Assistência Social, tão logo sejam realizadas as receitas correspondentes.
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§ 2° -
Os recursos que compõem o Fundo, serão depositados em instituições financeiras oficiais, em conta especial sobre a denominação -Fundo Municipal de Assistência Social - FMAS.
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§ 3° -
As contas recebedoras dos recursos do cofinanciamento federal das ações socioassistenciais serão abertas pelo Fundo Nacional de Assistência Social.
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Art. 55° -
O FMAS será gerido pela Secretaria Municipal de Assistência Social, sob orientação e fiscalização do Conselho Municipal de Assistência Social.
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Parágrafo único. -
O Orçamento do Fundo Municipal de Assistência Social - FMAS integrará o orçamento da Secretaria Municipal de Assistência Social.
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Art. 56° -
Os recursos do Fundo Municipal de Assistência Social - FMAS, serão aplicados em:
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I -
financiamento total ou parcial de programas, projetos e serviços de assistência social desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social ou por Órgão conveniado;
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II -
em parcerias entre poder público e entidades de assistência social para a execução de serviços, programas e projetos socioassistencial específicos;
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III -
aquisição de material permanente e de consumo e de outros insumos necessários ao desenvolvimento das ações socioassistenciais;
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IV -
construção reforma ampliação, aquisição ou locação de imóveis para prestação de serviços de Assistência Social;
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V -
desenvolvimento e aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão, planejamento, administração e controle das ações de Assistência Social;
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VI -
pagamento dos benefícios eventuais, conforme o disposto no inciso I do art. 15 da Lei Federal n° 8.742, de 1993;
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VIII -
pagamento de profissionais que integrarem as equipes de referência, responsáveis pela organização e oferta daquelas ações, conforme percentual apresentado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e aprovado pelo Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS.
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Art. 57° -
O repasse de recursos para as entidades e organizações de Assistência Social, devidamente inscritas no CMAS, será efetivado por intermédio do FMAS, de acordo com critérios estabelecidos pelo Conselho Municipal de Assistência Social, observando o disposto nesta Lei.
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Art. 58° -
Os relatórios de execução orçamentária e financeira do Fundo Municipal de Assistência Social serão submetidos à apreciação do CMAS, trimestralmente, de forma sintética e, anualmente, de forma analítica.
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Art. 59° -
Esta lei entra em vigor na data da sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.
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II -
universalização - a fim de que a proteção social básica seja prestada na totalidade dos territórios do município;
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III -
regionalização - prestação de serviços socioassistenciais de proteção social especial cujos custos ou ausência de demanda municipal justifiquem rede regional e desconcentrada de serviços no âmbito do Estado.
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Art. 14° -
As unidades publicas estatais instituídas no âmbito do SUAS integram a estrutura administrativa do Município Antonio João, quais sejam:
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Parágrafo único. -
As instalações das unidades públicas estatais devem ser compatíveis com os serviços neles ofertados, com espaços para trabalhos em grupo e ambientes específicos para recepção e atendimento reservado das famílias e indivíduos, assegurada a acessibilidade às pessoas idosas e com deficiência.
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Art. 15° -
As ofertas socioassistenciais nas unidades públicas pressupõem a constituição de equipe de referência na forma das Resoluções n° 269, de 13 de dezembro de 2006; n° 17, de 20 de junho de 2011; e n° 9, de 25 de abril de 2014, do CNAS.
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Parágrafo único. -
O diagnóstico socioterritorial e os dados de Vigilância Socioassistencial são fundamentais para a definição da forma de oferta da proteção social básica e especial.
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Art. 16° -
São seguranças afiançadas pelo SUAS:
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Parágrafo único. -
acolhida: provida por meio da oferta pública de espaços e serviços para a realização da proteção social básica e especial, devendo as instalações físicas e a ação profissional conter:
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a) -
condições de recepção;
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b) -
escuta profissional qualificada;
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e) -
concessão de benefícios;
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f) -
aquisições materiais e sociais;
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g) -
abordagem em territórios de incidência de situações de risco;
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h) -
oferta de uma rede de serviços e de locais de permanência de indivíduos e famílias sob curta, média e longa permanência.
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II -
renda: operada por meio da concessão de auxílios financeiros e da concessão de benefícios continuados, nos termos da lei, para cidadãos não incluídos no sistema contributivo de proteção social, que apresentem vulnerabilidades decorrentes do ciclo de vida e/ou incapacidade para a vida independente e para o trabalho;
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III -
convívio ou vivência familiar, comunitária e social: exige a oferta pública de rede continuada de serviços que garantam oportunidades e ação profissional para:
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a) -
construção, restauração e o fortalecimento de laços de pertencimento, de natureza geracional, intergeracional, familiar, de vizinhança e interesses comuns e societários;
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b) -
o exercício capacitador e qualificador de vínculos sociais e de projetos pessoais e sociais de vida em sociedade.
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IV -
desenvolvimento de autonomia: exige ações profissionais e sociais para:
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a) -
o desenvolvimento de capacidades e habilidades para o exercício da participação social e cidadania;
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b) -
a conquista de melhores graus de liberdade, respeito à dignidade humana, protagonismo e certeza de proteção social para o cidadão, a família e a sociedade;
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c) -
conquista de maior grau de independência pessoal e qualidade, nos laços sociais, para os cidadãos sob contingências e vicissitudes.
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V -
apoio e auxílio: quando sob riscos circunstanciais, exige a oferta de auxílios em bens materiais e em pecúnia, em caráter transitório, denominados de benefícios eventuais para as famílias, seus membros e indivíduos.
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Seção III
DAS RESPONSABILIDADES
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Art. 17° -
Compete ao Município de Antonio João, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social:
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I -
destinar recursos financeiros para custeio dos benefícios eventuais de que trata o art. 22, da Lei Federal n° 8742, de 1993, mediante critérios estabelecidos pelos conselhos municipais de assistência Social;
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II -
efetuar o pagamento do auxílio-natalidade e o auxílio-funeral;
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III -
executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com organizações da sociedade civil;
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IV -
atender às ações socioassistenciais de caráter de emergência;
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V -
prestar os serviços socioassistenciais de que trata o art. 23, da Lei Federal n° 8742, de 7 de Dezembro de 1993, e a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais;
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a) -
a vigilância socioassistencial no âmbito municipal, visando ao planejamento e à oferta qualificada de serviços, benefícios, programas e projetos socioassistenciais;
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b) -
sistema de informação, acompanhamento, monitoramento e avaliação para promover o aprimoramento, qualificação e integração contínuos dos serviços da rede socioassistencial, conforme Pacto de Aprimoramento do SUAS e Plano de Assistência Social
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a) -
e coordenar a formulação e a implementação da Política Municipal de Assistência Social, em consonância com a Política Nacional de Assistência Social e com a Política Estadual de Assistência Social, observando as deliberações das conferências nacional, estadual e municipal de assistência social e as deliberações de competência do Conselho Municipal de Assistência Social;
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b) -
os benefícios eventuais em consonância com as deliberações do Conselho Municipal de Assistência Social;
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a) -
o aprimoramento da gestão e dos serviços, programas e projetos de assistência social, em âmbito local;
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b) -
em conjunto com a esfera federal e estadual, a Política Nacional de Educação Permanente, com base nos princípios da Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS - NOB-RH/SUAS, coordenando-a e executando-a em seu âmbito.
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a) -
o monitoramento e a avaliação da política de assistência social em seu âmbito;
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b) -
a gestão local do Beneficio de Prestação Continuada - BPC, garantindo aos seus beneficiários e famílias o acesso aos serviços, programas e projetos da rede socioassistencial;
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a) -
de forma integrada, os serviços, benefícios e programas de transferência de renda de sua competência;
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b) -
o Fundo Municipal de Assistência Social;
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c) -
no âmbito municipal, o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e o Programa Bolsa Família, nos termos do §1° do art. 8o da Lei n° 10.836, de 2004;
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a) -
a oferta de serviços de forma territorializada, em áreas de maior vulnerabilidade e risco, de acordo com o diagnóstico socioterritorial;
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b) -
e monitorar a rede de serviços da proteção social básica e especial, articulando as ofertas;
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c) -
e coordenar o SUAS em seu âmbito, observando as deliberações e pactuações de suas respectivas instâncias, normatizando e regulando a política de assistência social em seu âmbito em consonância com as normas gerais da União.
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a) -
a proposta orçamentária da assistência social no Município, assegurando recursos do tesouro municipal;
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b) -
e submeter ao Conselho Municipal de Assistência Social, anualmente, a proposta orçamentária dos recursos do Fundo Municipal de Assistência Social - FMAS;
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c) -
e cumprir o plano de providências, no caso de pendências e irregularidades do Município junto ao SUAS, aprovado pelo CMAS e pactuado na CIB;
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d) -
e executar o Pacto de Aprimoramento do SUAS, implementando o em âmbito municipal; e
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e) -
executar a política de recursos humanos, de acordo com a NOB/RH - SUAS;
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f) -
Plano Municipal de Assistência Social, a partir das responsabilidades e de seu respectivo e estágio no aprimoramento da gestão do SUAS e na qualificação dos serviços, conforme patamares e diretrizes pactuadas nas instância de pactuação e negociação do SUAS ;
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g) -
e expedir os atos normativos necessários à gestão do FMAS, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo conselho municipal de assistência social;
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XIII -
aprimorar os equipamentos e serviços socioassistenciais, observando os indicadores de monitoramento e avaliação pactuados;
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XIV -
alimentar e manter atualizado
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b) -
o Sistema de Cadastro Nacional de Entidade de Assistência Social -SCNEAS de que trata o inciso XI do art. 19 da Lei Federal n° 8.742, de 1993;
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c) -
Conjunto de aplicativos do Sistema de Informação do Sistema Único de Assistência Social - Rede SUAS;
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a) -
a infraestrutura necessária ao funcionamento do respectivo conselho municipal de assistência social, garantindo recursos materiais, humanos e financeiros, inclusive com despesas referentes a passagens, traslados e diárias de conselheiros representantes do governo e da sociedade civil, quando estiverem no exercício de suas atribuições;
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b) -
que a elaboração da peça orçamentária esteja de acordo com o Plano Plurianual, o Plano de Assistência Social e dos compromissos assumidos no Pacto de Aprimoramento do SUAS;
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c) -
a integralidade da proteção socioassistencial à população, primando pela qualificação dos serviços do SUAS, exercendo essa responsabilidade de forma compartilhada entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios;
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d) -
a capacitação para gestores, trabalhadores, dirigentes de entidades e organizações, usuários e conselheiros de assistência social, além de desenvolver, participar e apoiar a realização de estudos, pesquisas e diagnósticos relacionados à política de assistência social, em especial para fundamentar a análise de situações de vulnerabilidade e risco dos territórios e o equacionamento da oferta de serviços em conformidade com a tipificação nacional;
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e) -
o comando único das ações do SUAS pelo órgão gestor da política de assistência social, conforme preconiza a LOAS;
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a) -
os fluxos de referência e contrarreferência do atendimento nos serviços socioassistenciais, com respeito às diversidades em todas as suas formas;
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b) -
os indicadores necessários ao processo de acompanhamento, monitoramento e avaliação, observado a suas competências.
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a) -
os protocolos pactuados na CIT;
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b) -
a gestão do trabalho e a educação permanente
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a) -
a integração da política municipal de assistência social com outros sistemas públicos que fazem interface com o SUAS;
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b) -
articulação intersetorial do SUAS com as demais políticas públicas e Sistema de Garantia de Direitos e Sistema de Justiça;
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c) -
a participação da sociedade, especialmente dos usuários, na elaboração da política de assistência social;
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XIX -
assumir as atribuições, no que lhe couber, no processo de municipalização dos serviços de proteção social básica;
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XX -
participar dos mecanismos formais de cooperação intergovernamental que viabilizem técnica e financeiramente os serviços de referência regional, definindo as competências na gestão e no cofinanciamento, a serem pactuadas na CIB;
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XXI -
prestar informações que subsidiem o acompanhamento estadual e federal da gestão municipal;
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XXII -
zelar pela execução direta ou indireta dos recursos transferidos pela União e pelos estados ao Município, inclusive no que tange a prestação de contas;
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XXIII -
assessorar as entidades de assistência social visando à adequação dos seus serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais às normas do SUAS, viabilizando estratégias e mecanismos de organização para aferir o pertencimento à rede socioassistencial, em âmbito local, de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais ofertados pelas entidades de assistência social de acordo com as normativas federais.
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XXIV -
acompanhar a execução de parcerias firmadas entre os municípios e as entidades de assistência social e promover a avaliação das prestações de contas;
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XXVI -
normatizar, em âmbito local, o financiamento integral dos serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social ofertados pelas entidades vinculadas ao SUAS, conforme §3° do art. 6o B da Lei Federal n° 8.742, de 1993, e sua regulamentação em âmbito federal.
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XXVII -
aferir os padrões de qualidade de atendimento, a partir dos indicadores de acompanhamento definidos pelo respectivo conselho municipal de assistência social para a qualificação dos serviços e benefícios em consonância com as normas gerais;
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XXIII -
encaminhar para apreciação do conselho municipal de assistência social os relatórios trimestrais e anuais de atividades e de execução físico-financeira a título de prestação de contas;
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XXIX -
compor as instâncias de pactuação e negociação do SUAS;
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XXX -
estimular a mobilização e organização dos usuários e trabalhadores do SUAS para a participação nas instâncias de controle social da política de assistência social;
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XXXI -
instituir o planejamento contínuo e participativo no âmbito da política de assistência social;
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XXXII -
dar publicidade ao dispêndio dos recursos públicos destinados à assistência social;
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XXXIII -
criar ouvidoria do SUAS, preferencialmente com profissionais do quadro efetivo;
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Seção IV
DO PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
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Art. 18° -
O Plano Municipal de Assistência Social é um instrumento de planejamento estratégico que contempla propostas para execução e o monitoramento da política de assistência social no âmbito do Município de Antônio João.
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§ 1° -
A elaboração do Plano Municipal de Assistência Social dar-se a cada 4 (quatro) anos, coincidindo com a elaboração do Plano Plurianual e contemplará:
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I -
diagnóstico socioterritorial;
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II -
objetivos gerais e específicos;
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III -
diretrizes e prioridades deliberadas;
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IV -
ações estratégicas para sua implementação;
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VI -
resultados e impactos esperados;
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VII -
recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis e necessários;
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VIII -
mecanismos e fontes de financiamento;
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IX -
indicadores de monitoramento e avaliação; e
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§ 2° -
O Plano Municipal de Assistência Social além do estabelecido no parágrafo anterior deverá observar:
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I -
as deliberações das conferências de assistência social;
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II -
metas nacionais e estaduais pactuadas que expressam o compromisso para o aprimoramento do SUAS;
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III -
ações articuladas e intersetoriais;
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Capítulo IV
Das Instâncias de Articulação, Pactuação e Deliberação do SUAS
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Seção I
DO CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
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Art. 19° -
Fica instituído o Conselho Municipal de Assistência Social -CMAS do Município de Antonio João, órgão superior de deliberação colegiada, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social cujos membros, nomeados pelo Prefeito, têm mandato de 2 (dois) anos, permitida única recondução por igual período.
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§ 1° -
O CMAS é composto por 06 membros e respectivos suplentes indicados de acordo com os critérios seguintes:
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I -
03 representantes governamentais;
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II -
03 representantes da sociedade civil, dentre representantes dos usuários ou de organizações de usuários, das entidades e organizações de assistência social 1 e dos trabalhadores do setor, escolhidos em foro próprio sob fiscalização do Ministério Público.
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§ 2° -
O CMAS é presidido por um de seus integrantes, eleito dentre seus membros, para mandato de 1 (um) ano, permitida única recondução por igual período, observada a alternância entre representantes da sociedade civil e governo.
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§ 3° -
CMAS contará com uma Secretaria Executiva, a qual terá sua estrutura disciplinada em ato do Poder Executivo.
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Art. 20° -
O CMAS reunir-se-á ordinariamente uma vez ao mês e, extraordinariamente, sempre que necessário cujas reuniões devem ser abertas ao público, com pauta e datas previamente divulgadas, e funcionará de acordo com o Regimento Interno.
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Parágrafo único. -
O Regimento Interno definirá, também, o quorum mínimo para o caráter deliberativo das reuniões do Plenário, para as questões de suplência e perda de mandato por faltas.
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Art. 21° -
A participação dos conselheiros no CMAS é de interesse público e relevante valor social e não será remunerada.
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Art. 22° -
O controle social do SUAS no Município efetiva-se por intermédio do Conselho Municipal de Assistência Social -CMAS e das Conferências Municipais de Assistência Social, além de outros fóruns de discussão da sociedade civil.
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Art. 23° -
Compete ao Conselho Municipal de Assistência Social:
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I -
elaborar, aprovar e publicar seu regimento interno;
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II -
convocar as Conferências Municipais de Assistência Social e acompanhar a execução de suas deliberações;
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III -
aprovar a Política Municipal de Assistência Social, em consonância com as diretrizes das conferências de assistência social;
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IV -
apreciar e aprovar a proposta orçamentária, em consonância com as diretrizes das conferências municipais e da Política Municipal de Assistência Social;
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V -
aprovar o Plano Municipal de Assistência Social, apresentado pelo órgão gestor da assistência social;
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VI -
aprovar o plano de capacitação, elaborado pelo órgão gestor;
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VII -
acompanhar o cumprimento das metas nacionais, estaduais e municipais do Pacto de Aprimoramento da Gestão do SUAS;
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VIII -
acompanhar, avaliar e fiscalizar a gestão do Programa Bolsa Família-PBF;
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IX -
normatizar as ações e regular a prestação de serviços de natureza pública e privada no campo da assistência social de âmbito local;
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X -
apreciar e aprovar informações da Secretaria Municipal de Assistência Social inseridas nos sistemas nacionais e estaduais de informação referentes ao planejamento do uso dos recursos de cofinanciamento e a prestação de contas;
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XI -
apreciar os dados e informações inseridas pela Secretaria Municipal de Assistência Social, unidades públicas e privadas da assistência social, nos sistemas nacionais e estaduais de coleta de dados e informações sobre o sistema municipal de assistência social;
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XII -
alimentar os sistemas nacionais e estaduais de coleta de dados e informações sobre os Conselhos Municipais de Assistência Social;
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XIII -
zelar pela efetivação do SUAS no Município;
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XIV -
zelar pela efetivação da participação da população na formulação da política e no controle da implementação;
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XV -
deliberar sobre as prioridades e metas de desenvolvimento do SUAS em seu âmbito de competência;
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XVI -
estabelecer critérios e prazos para concessão dos benefícios eventuais;
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XVII -
apreciar e aprovar a proposta orçamentária da assistência social a ser encaminhada pela Secretaria Municipal de Assistência Social em consonância com a Política Municipal de Assistência Social;
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XVIII -
acompanhar, avaliar e fiscalizar a gestão dos recursos, bem como os ganhos sociais e o desempenho dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais do SUAS;
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XIX -
fiscalizar a gestão e execução dos recursos do índice de Gestão Descentralizada do Programa Bolsa Família-IGD-PBF, e do índice de Gestão Descentralizada do Sistema Único de Assistência Social -IGD-SUAS;
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XX -
planejar e deliberar sobre a aplicação dos recursos IGD-PBF e IGD-SUAS destinados às atividades de apoio técnico e operacional ao CMAS;
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XXI -
participar da elaboração do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual no que se refere à assistência social, bem como do planejamento e da aplicação dos recursos destinados às ações de assistência social, tanto dos recursos próprios quanto dos oriundos do Estado e da União, alocados FMAS;
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XXII -
aprovar o aceite da expansão dos serviços, programas e projetos socioassistenciais, objetos de cofinanciamento;
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XXIII -
orientar e fiscalizar o FMAS;
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XXIV -
divulgar, no Diário Oficial Municipal, ou em outro meio de comunicação, todas as suas decisões na forma de Resoluções, bem como as deliberações acerca da execução orçamentária e financeira do FMAS e os respectivos pareceres emitidos.
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XXV -
receber, apurar e dar o devido prosseguimento a denuncias;
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XXVI -
deliberar sobre as prioridades e metas de desenvolvimento do SUAS no âmbito do município;
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XXVII -
estabelecer articulação permanente com os demais conselhos de políticas públicas setoriais e conselhos de direitos.
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XXVIII -
realizar a inscrição das entidades e organização de assistência social;
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XXIX -
notificar fundamentadamente a entidade ou organização de assistência social no caso de indeferimento do requerimento de inscrição;
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XXX -
fiscalizar as entidades e organizações de assistência social;
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XXXI -
emitir resolução quanto às suas deliberações;
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XXXII -
registrar em ata as reuniões;
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XXXIII -
instituir comissões e convidar especialistas sempre que se fizerem necessários.
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XXXIV -
zelar pela boa e regular execução dos recursos repassados pelo FMAS executados direta ou indiretamente, inclusive no que tange à prestação de contas;
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XXXV -
avaliar e elaborar parecer sobre a prestação de contas dos recursos repassados ao Município.
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Art. 24° -
O CMAS deverá planejar suas ações de forma a garantir a consecução das suas atribuições e o exercício do controle social, primando pela efetividade e transparência das suas atividades.
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§ 1° -
O planejamento das ações do conselho deve orientar a construção do orçamento da gestão da assistência social para o apoio financeiro e técnico às funções do Conselho.
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§ 2° -
O CMAS utilizará de ferramenta informatizada para o planejamento das atividades do conselho, contendo as atividades, metas, cronograma de execução e prazos a fim de possibilitar a publicidade.
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Seção II
DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
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Art. 25° -
As Conferências Municipais de Assistência Social são instâncias periódicas de debate, de formulação e de avaliação da política pública de assistência social e definição de diretrizes para o aprimoramento do SUAS, com a participação de representantes do governo e da sociedade civil.
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Art. 26° -
As conferências municipais devem observar as seguintes diretrizes:
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I -
divulgação ampla e prévia do documento convocatório, especificando objetivos, prazos, responsáveis, fonte de recursos e comissão organizadora;
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II -
garantia da diversidade dos sujeitos participantes;
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III -
estabelecimento de critérios e procedimentos para a designação dos delegados governamentais e para a escolha dos delegados da sociedade civil;
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IV -
publicidade de seus resultados;
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Art. V -
determinação do modelo de acompanhamento de suas deliberações; e
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VI -
articulação com a conferência estadual e nacional de assistência social.
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Art. 27° -
A Conferência Municipal de Assistência Social será convocada ordinariamente a cada quatro anos pelo Conselho Municipal de Assistência Social e extraordinariamente, a cada 2 (dois) anos, conforme deliberação da maioria dos membros dos respectivos conselhos.
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Seção III
PARTICIPAÇÃO DOS USUÁRIOS
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Art. 28° -
É condição fundamental para viabilizar o exercício do controle social e garantir os direitos socioassistenciais o estímulo à participação e ao protagonismo dos usuários nos conselhos e conferências de assistência social.
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Art. 29° -
O estimulo à participação dos usuários pode se dar a partir de articulação com, movimentos sociais e populares e ainda a organização de diversos espaços tais como: fórum de debate, comissão de bairro, coletivo de usuários junto aos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais.
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Seção IV
DA REPRESENTAÇÃO DO MUNICÍPIO NAS INSTÂNCIAS DE NEGOCIAÇÃO E PACTUAÇÃO DO SUAS.
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Art. 30° -
O Município é representado nas Comissões Intergestores Bipartite - CIB e Tripartite - CIT, instâncias de negociação e pactuação dos aspectos operacionais de gestão e organização do SUAS, respectivamente, em âmbito estadual e nacional, pelo Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social - COEGEMAS e pelo Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social - CONGEMAS.
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§ 1° -
O CONGEMAS E COEGEMAS constituem entidades sem fins lucrativos que representam as secretarias municipais de assistência social, declarados de utilidade pública e de relevante função social, onerando o município quanto a sua associação a fim de garantir os direitos e deveres de associado.
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§ 2° -
O COEGEMAS poderá assumir outras denominações a depender das especificidades regionais.
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Capítulo V
DOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS, DOS SERVIÇOS, DOS PROGRAMAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E DOS PROJETOS DE ENFRENTAMENTO DA POBREZA.
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Seção I
DOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS
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Art. 31° -
Benefícios eventuais são provisões suplementares e provisórias prestadas aos indivíduos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e calamidade pública, na forma prevista na Lei federal n° 8.742, de 1993.
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Parágrafo único. -
Não se incluem na modalidade de benefícios eventuais da assistência social as provisões relativas a programas, projetos, serviços e benefícios vinculados ao campo da saúde, da educação, da integração nacional, da habitação, da segurança alimentar e das demais políticas públicas setoriais.
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Art. 32° -
Os benefícios eventuais integram organicamente as garantias do SUAS, devendo sua prestação observar:
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I -
não subordinação a contribuições prévias e vinculação a quaisquer contrapartidas;
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II -
desvinculação de comprovações complexas e vexatórias, que estigmatizam os beneficiários;
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III -
garantia de qualidade e prontidão na concessão dos benefícios;
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IV -
garantia de igualdade de condições no acesso às informações e à fruição dos benefícios eventuais;
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V -
ampla divulgação dos critérios para a sua concessão;
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VI -
integração da oferta com os serviços socioassistenciais.
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Art. 33° -
Os benefícios eventuais podem ser prestados na forma de pecúnia, bens de consumo ou prestação de serviços.
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Art. 34° -
O público alvo para acesso aos benefícios eventuais deverá ser identificado pelo Município a partir de estudos da realidade social e diagnóstico elaborado com uso de informações disponibilizadas pela Vigilância Socioassistencial, com vistas a orientar o planejamento da oferta.
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Seção II
DA PRESTAÇÃO DE BENEFÍCIOS EVENTUAIS
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Art. 35° -
Os benefícios eventuais devem ser prestados em virtude de nascimento, morte, vulnerabilidade temporária e calamidade pública, observadas as contingências de riscos, perdas e danos a que estão sujeitos os indivíduos e famílias.
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Parágrafo único. -
Os critérios e prazos para prestação dos benefícios eventuais devem ser estabelecidos por meio de Resolução do Conselho Municipal de Assistência Social, conforme prevê o art. 22, §1°, da Lei Federal n° 8.742, de 1993.
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Art. 36° -
O Benefício prestado em virtude de nascimento deverá ser concedido:
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I -
à genitora que comprove residir no Município;
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II -
à família do nascituro, caso a mãe esteja impossibilitada de requerer o benefício ou tenha falecido;
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IV -
á genitora atendida ou acolhida em unidade de referência do SUAS.
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III -
à genitora ou família que esteja em trânsito no município e seja potencial usuária da assistência social;
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Parágrafo único. -
O benefício eventual por situação de nascimento poderá ser concedido nas formas de pecúnia ou bens de consumo, ou em ambas as formas, conforme a necessidade do requerente e disponibilidade da administração pública.
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Art. 37° -
O benefício prestado em virtude de morte deverá ser concedido com o objetivo de reduzir vulnerabilidades provocadas por morte de membro da família e tem por objetivo atender as necessidades urgentes da família para enfrentar vulnerabilidades advindas da morte de um de seus provedores ou membros.
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Parágrafo único. -
O benefício eventual por morte poderá ser concedido conforme a necessidade do requerente e o que indicar o trabalho social com a família.
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Art. 38° -
O benefício prestado em virtude de vulnerabilidade temporária será destinado à família ou ao indivíduo visando minimizar situações de riscos, perdas e danos, decorrentes de contingências sociais, e deve integrar-se à oferta dos serviços socioassistenciais, buscando o fortalecimento dos vínculos familiares e a inserção comunitária.
REGISTRA-SE E PUBLICA-SE
DE 22 DE JUNHO DE 2016.
SELSO LUIZ LOZANO RODRIGUES
Prefeito Municipal
Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial em 22/06/2016